Programa Papo de Bamba

Programa Papo de Bamba
webTV

terça-feira, 19 de junho de 2012

Sambabook coroa trajetória de João Nogueira




No ano em que João Nogueira completaria 70 anos de vida – nascido em 12/11/1941 – um projeto musical resgata a importância de sua obra, em grande estilo. Um time de bambas se reuniu no estúdio Visom, no Rio de Janeiro, em setembro de 2011, para gravar clássicos do compositor em versões inéditas que farão parte do primeiro volume do projeto Samba Book. Todas as gravações seguem fielmente os arranjos e as partituras originais dos clássicos de João Nogueira.

Filho de João Nogueira e “embaixador” do Samba Book dedicado a seu pai, Diogo Nogueira é presença constante e anfitrião nas gravações. Ele participou da seleção das canções e dos convites aos artistas ilustres que fazem parte do projeto. “João Nogueira é um dos maiores compositores da música brasileira e espero que o Samba Book possa divulgar ainda mais a obra que ele nos deixou”, comemora Diogo. “Está sendo muito bom rever suas composições para selecionar as partituras que os convidados estão usando na gravação das 24 faixas do projeto”, conta Diogo, com a imagem de João tatuada no braço e o talento do pai em seu DNA.

O projeto procurou buscar nomes que tivessem relação com a obra de João Nogueira, muito querido e respeitado pelos artistas. Alguns convidados conviveram com o sambista e os mais jovens foram influenciados por seus versos e canções. O elenco reúne Zeca Pagodinho, Djavan, Beth Carvalho, Marcelo D2, Lenine, Martinho da Vila, Mart´nália, Fundo de Quintal, Alcione, Ivan Lins, Jorge Aragão, Teresa Cristina e Arlindo Cruz, entre outros convidados ilustres. A banda que acompanha o elenco de artistas foi montada especialmente para o projeto, reunindo alguns dos maiores músicos do país, todos ex-colaboradores de João Nogueira, em algum momento de suas trajetórias.

Empreendimento dos sócios Luiz Calainho, Sergio Baeta, Afonso Carvalho e Diogo Nogueira, o Samba Book será o primeiro projeto com a marca Musickeria e tem lançamento planejado para Abril de 2012. A edição amplia o modelo que se tornou popular nos anos 80 e 90: é um songbook completíssimo, que abrange a obra deixada por João em seus 30 anos de carreira. Indo além do formato conhecido pelo público, o Samba Book será lançado em várias plataformas e a edição inaugural ganhará CDs duplos, com 12 músicas cada, um DVD e um BLU RAY com 24 gravações. Mini-documentários com entrevistas e bastidores da gravação também farão parte das edições, além de um portal de onde será possível baixar partituras e aplicativos para telefones e tablets. Além do material de áudio e vídeo exclusivos, as edições ganham ainda livros com discobiografias, incluindo um fichário com 60 partituras.

Caetano Veloso comemora 70 anos e relança Transa em vinil

 
O cantor Caetano Veloso já está em contagem regressiva para comemoração dos seus 70 anos. Leonino, dia 7 de agosto completa mais um ano de vida, como um dos artistas brasileiros mais bem sucedidos. São 47 discos gravados, que marcam a história da MPB. Toda a trajetória já está registrada no site oficial que foi renovado e possibilitará a audição gratuita da discografia do músico. Além disso, haverá entrevistas inéditas com Caetano, com vídeos, fotos mostrando a vida desde a cidade de Santo Amaro da Purificação, a terra natal.

A fase comemorativa inclui também o relançamento do disco (em vinil) de “Transa “ masterizado por nada menos que Steve rooke, engenheiro de som que já trabalhou com feras como Paul MacCartney e David Bowie.

A Chave do Perdão marca nova fase de Alexandre Pires


Mais uma batalha ganha por Alexandre Pires. Recentemente, o cantor foi acusado de discriminação racial pelo clipe "Kong", que mostra homens fantasiados de macacos dançando com mulheres de biquínis. "Sempre fiz músicas irreverentes, já me vesti de africano em meus shows, é tudo muito na brincadeira. Esta história é mais uma pra gente dar risada depois", diz ele. O Ministério Público Federal (MPF) em Uberlândia (MG) decidiu arquivar o caso. Em entrevista ao iG, ele falou sobre sua luta no ano passado contra a rabdomiólise, doença grave que atinge os músculos. Alexandre comemora a cura e também a nova fase musical.



O cantor está lançando sua mais nova música de trabalho, o carro-chefe do novo DVD “Eletro Samba”, “A Chave é o Seu Perdão”. “É um samba romântico que faz parte do meu terceiro DVD. Ele é diferente dos outros porque é mais musical, contido, onde eu volto a tocar. Os outros tinham muita cenografia, performance”, explica ele. “Fora que tem participações, algumas inusitadas como a de Sabrina Sato, a própria Xuxa, que é uma amicíssima e aceitou o convite na hora. A Claudia Leitte, gravidíssima, participou do trabalho também e o “Só Pra Contrariar”, que depois de 11 anos juntos voltamos a fazer um som juntos”, completou ele, que ainda contou com a parceria de sua mãe, Abadia Pires, em uma das músicas. Outra integrante do clã musical prepara sua estreia: a filha mais velha de Alexandre, Carol, de 19 anos. “Ela tem uma voz maravilhosa e está se preparando para trilhar seu caminho sozinha”, derrete-se o pai, que ainda tem Arthur, 4 anos, e Julie, 2, ambos da atual mulher, Sara Campos.

Sobre o processo de racismo ele quer esquecer e afirma que não houve nenhum intenção de ofensa. “O Ministério Público arquivou e não deu argumento algum pra seguir em frente com isso. Agora é bola pra frente. Tenho certeza que o público não espera nada de diferente do que eu já faço há 22 anos, até porque o próprio “Kong” já faz parte do meu trabalho. Sempre lancei músicas irreverentes como “A Barata da Vizinha”, “Mineirinho”, “Sai da Minha Aba”, a própria “Sissi”. A coisa do “Kong” foi um absurdo e recebi 99% de apoio não só do público que me acompanha, mas dos que não me acompanham e principalmente da classe artística em geral. É o fim não ter o direito de se expressar, não ter liberdade de mostrar algo irreverente”, concluiu. (Leia íntegra da entrevista concecida à jornalista Carol Martins, no IG Gente. Foto de Claudio Augusto)


sexta-feira, 8 de junho de 2012

PAPO DE BAMBA: Grupo Som Mulheres mostra a força feminina no samba

O Grupo Som Mulheres é convidado do programa PAPO DE BAMBA, da Clic TV-TV UOL, que vai ao ar neste sábado, dia 09 de junho, das 14 às 15 horas.
No início da década de 90, quando São Paulo era o grande gerador de sambistas da nova geração do c pagode, um grupo só de mulheres se destacava entre os marmanjos que lotavam os bares da cidade como Só Prá Contrariar, JB Samba e Choppapo (ABC). Era o grupo "Fora de Série" formado só por meninas adolescentes. Elas subiam ao palco e mandavam o recado, arrancando aplausos e elogiosos até dos mais machistas. Na época gravaram um disco e uma coletânea com sucessos que chegaram a ficar entre as mais pedidas  como Motivação. O talento das meninas chamou a atenção da dama do samba, Dona Ivone Lara, que batizou o grupo.
Depois de um longo tempo longe dos palcos e das rádios, elas voltam a pedir passagem com um novo nome. Com as meninas mais maduras,  o grupo que agora  se chama "Som Mulheres", acrescentou ao tan-tan, cavaquinho, percussão e pandeiro, a cuíca e está lançando um novo CD Presente de Deus.
A mudança de nome, não representa apenas uma novo momento na carreira. Na verdade elas tiveram que abri mão do título original por força judicial. 'Um grupo no rio de Janeiro se antecipou e registrou o Fora de Série e tivemos que mudar", disse Dri uma das fundadoras e vocalistas do Som Mulheres.
Dificuldades não tiram mais o  pique das meninas. Agora trabalhando na divulgação do novo disco e aumentando a agenda de shows, elas avisam que o grupo voltou para ficar.  Para felicidade da Vó Penha, a idealizadora do grupo.

PAPO DE BAMBA: Moisés da Rocha do O Samba Pede Passagem diz que jabá traz sambas ruins para as rádios

O prestigiado radialista Moisés da Rocha, que foi entrevistado no Programa Papo de Bamba (Clic TV - TV UOL), fez duras críticas à má qualidade de sambas que vêm sendo executados pelas rádios, principalmente em São Paulo. O programa vai ao ar no dia 16 de junho, das 14 às 15 horas. www.clictv.com.br
  O grande bamba do programa "O Samba Pede Passagem" da Radio USP FM e Capital AM ao responder sobre como analisava as novas produções do samba e do pagode me respondeu sem "papas na língua", que o grande problema da falta de renovação e até da baixa qualidade de sambas executados nas emissoras de rádio era o tal <b>jabá</b>, que para ele já está "legalizado", dentro das empresas.
  Moisés da Rocha ainda saudoso de bons sambas interpretados por Mauro Diniz, Jovelina Pérola Negra, Fundo de Quintal, Pedrinho da Flor, Reinaldo, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Jorge Aragão, Beth Carvalho, Alcione, Martinho da Vila e tantos outros, disse que estes bamdas estão perdendo espaço porque passou a imperar no meio midiático a taxa de execução, ou seja,  aquele acerto financeiro que reserva um pacote para que o artista consiga espaço para tocar na rádio. "Antigamente existia um programador musical e um diretor artístico que avaliava o lançamento ou disco e a possibilidade de executá-lo. Havia até promoção, mas o que valia era a qualidade. Hoje, basta passar no Departamento Comercial e qualquer um pode tocar. Isso tá acontecendo com o samba", observou Moisés, radialista que há mais de 20 anos comanda um programa essencialmente voltado para os sambistas e é também comentarista dos desfiles das escolas de samba. "O problema é que o jabá não enxerga qualidade. As emissoras tocam porque ganham para tocar e na maioria das vezes não toca coisa boa. O povo de tanto ouvir coisa ruim acaba acostumando", concluiu.
 Para ele, o que vai garantir o surgimento de uma boa safra musical é o movimento das comunidades de samba de raiz, que só em São Paulo já somam mais de 100 organizações, entre elas Samba da Laje, Samba da Vela, Samba do Jardim das Flores, Pagode Maria Cursi, Pagode da 27, Samba da Cultura entre outros.... São grupos que trazem sim uma nova lingugem, mas totalmente preocupada com as raízes. Longe da intenção de ficar nas mãos da mídia. Moisés da Rocha chama estes comunidades de "quilombos culturais" e destaca também o trabalho realizado pela ULM - Universidade Livre de Música, um programa do Governo do Estado de São Paulo, que tem promovido a inclusão de jovens talentos no universo musical, através da educação.
 Concordo que há espaço para todos, mas a nova geração deve se espelhar nos grandes bambas e suas maravilhosas melodias, muita mais comprometidas com a cultura do samba, com a hístória atual, com a discontração, o bom humor, a paixão..